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sábado, 31 de maio de 2025

Sobre Ambientes, Ego e a Liberdade de Ser Quem Você É

 

Mais uma abertura de pensamentos. Mais uma reflexão que nasce da minha vivência.

Hoje eu quero falar sobre como, muitas vezes, a gente não se sente à vontade em certos ambientes. E não é só desconforto. É a sensação real de que há uma competição invisível no ar.

Sabe... Eu sinto que, com o tempo, eu criei uma espécie de capa. Uma proteção onde, de forma inconsciente, eu escondo o que sei, o que aprendi, o que vivi... dependendo de quem está ao meu redor.

Dentro de tudo o que eu já estudei, aprendi muito sobre o ego. E percebi que nosso cérebro reptiliano — aquele mais primitivo — está o tempo todo tentando nos proteger. Ele é o desesperado, o medroso, aquele que vê perigo onde às vezes nem existe. E aí entra o ego, que nem todo mundo tem consciência de como funciona.

Por eu ter essa consciência, cresce em mim um senso de responsabilidade. Um cuidado constante sobre quando, como e com quem eu compartilho o que sei, o que experiencio e o que aprendi. E, sim, são coisas grandiosas, porque vieram das minhas vivências, dos meus processos, da minha história.

Mas ainda há em mim uma parte que precisa evoluir — que é justamente aprender a estar, de fato, em ambientes onde eu me sinta bem, onde meu crescimento não seja visto como ameaça, mas como inspiração.

Quando a Sua Luz é Interpretada Como Ameaça

Eu não sei se é impressão minha... mas, muitas vezes, eu percebo que algumas pessoas não estão prontas para ouvir certas coisas — principalmente de você. Não porque elas não possam ouvir sobre crescimento, sobre evolução, sobre autocuidado... mas porque, vindo de você, aquilo parece ser uma afronta. Parece ser uma comparação.

O mundo está doente em comparação. As pessoas são bombardeadas o tempo inteiro, no feed do celular, com vidas perfeitas. Pessoas magras, ricas, viajando, com corpos perfeitos, relacionamentos perfeitos... E, quando elas olham para a própria vida, vêm um vazio. E, muitas vezes, trazem essa frustração pro mundo real. Para os ambientes em que estão.

E quando encontram alguém que está crescendo, se cuidando, fazendo diferente... isso é lido, muitas vezes, como ameaça. Como se o outro estar bem significasse que ela está mal. E isso gera uma raiva silenciosa, um incômodo, uma necessidade de se defender... até quando nem há ataque.

E é aí que entra meu senso de proteção. Aquela voz interna que me diz: "Cuidado com o que você fala, cuidado com o que você mostra". E, sim, pode até ser uma historinha da mente para se proteger. Pode ser. Mas também é real que os ambientes importam. E muito.

Onde Você Está Importa — E Muito

Estar em ambientes onde o que você faz parece ser pequeno, e não algo grande demais, te ajuda a crescer. Porque ali você aprende. Você expande. Mas estar em ambientes onde você já sente que não é mais o seu lugar... te faz encolher. Te faz querer se proteger.

Eu percebo claramente: muitas vezes, eu fico em silêncio não porque não tenho nada para falar, mas porque sei que, naquele espaço, abrir a boca pode gerar desconforto. Não em mim, mas nos outros. E isso, infelizmente, é real.

É como se você estivesse num lugar onde todo mundo vai de chinelo e roupa velha, e você aparece bem arrumada. Você sabe que vai ser julgada. Vão te olhar estranho. Talvez até te ataquem.

Ou como estar num ambiente onde todo mundo faz fofoca e, quando você escolhe não fazer, as pessoas te chamam de “certinha”, “santinha”. Você não está dizendo que é melhor. Só está escolhendo não participar. Mas, ainda assim, é atacada.

E quando você leva isso para assuntos mais intelectuais, mais profundos... é a mesma coisa. Falar sobre autoconhecimento, espiritualidade, investimentos, viagens, crescimento pessoal... pode ser visto como “metida”, “intelectual demais”, “quer ser melhor que os outros”. E, na verdade, você só gosta disso. Só se interessa por isso. Isso te move.

A Vida Me Mostrou Dois Mundos

Falando da minha vida... Eu morei numa comunidade. Mas minha vida toda foi, de certa forma, cercada por pessoas de fora dela. Tive a oportunidade de morar um tempo em um bairro de classe média, e isso me deu acesso a outros mundos, outros assuntos, outros olhares.

E eu percebi claramente dois mundos muito diferentes.

No mundo da classe média, eu podia dizer que gosto de química, física, ciência... e as pessoas achavam incrível. Achavam legal. No mundo onde eu nasci, se eu dissesse isso, era motivo de deboche. Como se eu precisasse provar que realmente sabia sobre aquilo. Como se eu não tivesse o direito de só gostar do assunto.

E até hoje, eu sinto isso. Dependendo do ambiente, do tom de voz, das palavras que uso, das pessoas que estão ali... eu já começo a fazer um funil mental. A observar, perceber, entender até onde posso ir.

E o Que Eu Aprendo Com Isso?

Primeiro, que é libertador escrever isso. Colocar pra fora. E, segundo, que não dá pra lutar contra essa verdade:

Os ambientes importam, sim. A convivência importa, sim.

E não, não são todas as pessoas que te veem como ameaça. Existem, sim, pessoas abertas. Que te ouvem sem se comparar. Que te olham com admiração ou, simplesmente, que te escutam com respeito, sem necessidade de se defender.

Mas pouco se fala sobre isso. E, por trás de muita coisa, existe esse ego adoecido. Esse vício em comparação. Esse não saber olhar para o outro e permitir que ele seja como ele quiser ser.

Eu percebo isso. Eu vejo isso. E isso me faz refletir, cada vez mais, sobre a importância do respeito. Do espaço do outro. Da liberdade de ser quem a gente é.

E é isso.

O QUE VOCÊ FARIA ATÉ DE GRAÇA NA VIDA?

 

Empreender: O Propósito de Fazer Aquilo Que Você Ama (E Não Só o Que Precisa Ser Feito)

Por muito tempo, eu achei que empreender era um bicho de sete cabeças.
Na minha cabeça de administradora  que aprendeu todas as regras, técnicas, processos e métodos empreender era puramente técnico.

Era seguir um passo a passo, montar um plano de negócios, descobrir um público-alvo, precificar, vender e escalar.
Na minha visão, era isso. Só isso.

Mas a vida tem me mostrado que empreender... não é bem assim.

Sabe, quando parei pra refletir de verdade, me dei conta de uma coisa que nunca tinha olhado com tanto carinho:
Empreender não precisa, necessariamente, começar como um negócio.

Na real, na fase em que eu estou hoje, empreender está ganhando pra mim o significado de se conectar com um propósito.
De fazer, pela primeira vez, não só o que precisa ser feito, mas aquilo que eu realmente amo fazer.

E quando falo isso, vem lá da minha história, de muito antes de eu sonhar em ser administradora, de muito antes de pensar em empreender.
Vem da minha infância.

Cresci sendo a pessoa responsável pela casa. Meus pais, trabalhadores, nunca tiveram condições de contratar ninguém pra ajudar. E como irmã mais velha, essa responsabilidade caiu inteira no meu colo.
Eu administrava a casa. Limpava, organizava, cuidava da minha irmã. Não fazia comida, mas era quem preparava o que dava, quem cuidava, quem segurava as pontas.

E sabe o que é mais doido? Ninguém nunca me perguntou se eu queria fazer aquilo. Se eu gostava.
A vida me ensinou, desde muito cedo, que não existia opção. Era fazer o que precisava ser feito. E ponto.

E eu cresci carregando isso.
Entrei na administração, estudei, fiz tudo certinho, tudo do jeitinho que me ensinaram:
✅ Segue as regras.
✅ Faz o que precisa.
✅ Trabalha duro.

E aí, quando comecei a olhar pro empreendedorismo, adivinha?
Levei esse mesmo olhar.

Achei que empreender era só seguir o roteiro.
Que bastava aplicar as técnicas.

Mas aí... algo começou a mudar.

Pera aí... e se empreender não for só isso?

Se empreender também for sobre se permitir?
Se for sobre descobrir o que faz teu olho brilhar?

Eu percebi que empreender não é só construir um negócio. Empreender é, antes de tudo, construir um caminho que tem sentido pra você.

E quer saber? Isso fez todo sentido quando olhei pra minha própria trajetória.

Quando eu comecei na academia, não foi porque eu achei que ia virar uma influencer fitness (risos), foi porque eu queria. Queria cuidar de mim. Queria fazer algo diferente. E virou paixão.
Quando eu comecei o blog, foi pela mesma razão. Porque eu amo escrever, me expressar, compartilhar coisas.
E agora, olhando pra internet, pra criação de conteúdo, eu percebo:

Isso também é empreender.
Empreender é criar. É construir. É materializar algo que nasceu dentro de você.

E sabe o que é mais incrível?
Você não precisa começar já pensando em dinheiro.

Sim, eu sei, isso parece até estranho de ouvir, porque a vida inteira a gente escuta que trabalho é sinônimo de ganhar dinheiro.
Mas e se, só se... no começo, você puder simplesmente fazer o que ama?
Sem essa cobrança imediata de monetizar, de escalar, de viralizar, de vender?

Se você fizer com verdade, com paixão, o caminho se mostra. As oportunidades aparecem. O dinheiro vem.

E sabe, olhando pra nomes gigantes, tipo Elon Musk, Steve Jobs... você acha mesmo que eles começaram focando só no dinheiro?
Não.
Eles tinham um senso de missão, de transformação, de contribuir, de mudar o mundo.

Imagina se eles tivessem pensado:
 “O que tá dando dinheiro? Vou fazer isso.”
A gente nem saberia quem eles são hoje.

Por isso, eu tô entendendo que empreender também pode ser diferente.
Pode ser mais leve. Mais alinhado com quem você é.

📖 Aliás, olha o significado literal da palavra empreender:

"Empreender é decidir realizar uma tarefa difícil. É começar a executar um projeto, um sonho ou uma ideia, colocando em prática ações e estratégias para que ele aconteça."

E olha que profundo.
Empreender não é sobre abrir uma empresa, necessariamente.
É sobre colocar um projeto pra acontecer. É se mover. É criar.

E hoje, empreender na minha vida tá se transformando num propósito.
Depois de uma vida inteira onde eu precisei fazer só o que era necessário, só o que precisava, hoje eu posso, com muita gratidão, me permitir pensar diferente:

"O que eu quero fazer? O que me dá prazer? O que me faz feliz?"

E se isso, no futuro, virar trabalho, negócio, dinheiro... que seja!
Mas não é mais sobre viver só na lógica da sobrevivência. É sobre viver na lógica do propósito, da criação e da paixão.

E sabe... tá sendo uma das experiências mais libertadoras da minha vida.

Se esse texto te fez refletir, compartilha comigo. Me conta aqui nos comentários:
O que você ama tanto, que faria mesmo se ninguém te pagasse por isso?
Talvez... seja exatamente aí que mora o seu caminho. ✨

terça-feira, 13 de maio de 2025

Jornada do Sonho (afinal, é esse o propósito do blog — Miriam tagarela, rs)


 

Quem nunca sonhou com a vaga certa pra alcançar o sonho maior?

Pois é… eu sou formada em Administração, mas, no fundo, ainda tô tentando entender qual é o meu verdadeiro lugar no mundo.

E, falando em lugar, aprendi na marra que ninguém pode dizer onde a gente deve estar. Cada passo que dou me lembra disso: independente das circunstâncias, eu tenho o direito de ir onde quiser e você também.

Minhas referências são pessoas como Tony Robbins, Bob Proctor, Wallace D. Wattles (autor de O Segredo), Louise Hay... Gente que saiu do "nada" e cresceu para alcançar seus sonhos. Isso me faz pensar: é louco como um sonho, como o de morar fora, parece tão distante… mas, enquanto escrevo sobre ele aqui, sinto ele tão perto. A sensação é maravilhosa.

Estou ainda no meu CLT, com aquele intervalinho, e decidi escrever aqui, para o lugar que é meu hobby, meu ponto de apoio, meu tudo. Escrever sempre foi bom pra mim. Agora, estou digitando e me abrindo com vocês. E só no terceiro post venho falar sobre o real motivo de eu ter criado esse blog.

A verdade é que eu estou apenas tentando aprender a fazer do processo algo bom, algo incrível! Estou aprendendo a ser feliz na jornada, a aproveitar os pequenos passos. Parece que há duas versões de mim: uma que se preocupa, mas ainda assim sorri, e outra que sorri com confiança, acreditando que o melhor sempre acontecerá e, se o melhor não vier, eu ainda estarei feliz.

Eu tinha tantas crenças loucas sobre a vida, sobre a idade, sobre as fases… mas nada disso é verdade. Estou sendo desconstruída pela vida que levo e pelos sonhos que carrego no meu coração. Já pararam pra pensar o quanto é louco ser feliz no processo, ao invés de esperar só pela recompensa final? Não dá pra esperartem que ser feliz na caminhada.

Eu sei que parece um pouco embolado agora, mas imagina que estamos aqui, sentadas, jogando conversa fora, e esses são meus pensamentos soltos de reflexão.

E sério… tudo isso é meio maluco, mas, sinceramente, quero muito que esse dia chegue! Eu tenho algo pago que estou planejando (em breve conto), e, quando paguei pela viagem, me deparei com mil crenças. Foi uma loucura!

Achei que meu esposo ficaria triste se eu fosse sozinha, achei que, indo sozinha, eu não estaria feliz, achei que não teria dinheiro… pensei mil coisas, até que aconteceu do jeito que deveria. Agora, pergunto pra vocês: dá pra desistir disso? Claro que não! Mesmo tudo sendo maluco assim, esse é o processo, cheio de altos e baixos.

E aqui estou, no meu cantinho, me expressando e fazendo o que me faz bem falando sobre isso, porque, sinceramente, não sei o porquê, mas faz bem! Às vezes, é só isso o que precisamos: espaço para nos abrir e ser nós mesmos.


A margarida apareceu :)

Um tempo fora... e algumas reflexões Estou há um tempinho sem passar por aqui, né gente? Confesso que ando com vontade de algo mais "...